sexta-feira, 13 de julho de 2012

LEIA OS RÓTULOS DOS PRODUTOS



Hoje existem muitas substâncias na formulação dos cosméticos que a gente quase não conhece, algumas têm nomes diferentes, estranhos e outras já ouvimos falar mas não prestamos muita atenção.O uso de cosméticos pode ser muito perigoso para a saúde se não prestarmos atenção na hora de escolher. Muitas substâncias fazem mal para o nosso organismo e podem até causar doenças graves. Embora os produtos passem por testes e fiscalização do Ministério da Saúde antes de irem para as prateleiras, há algumas recomendações que precisam ser seguidas.

A pele é o maior órgão do corpo humano. Apesar de nos preocuparmos muito mais com os alimentos que ingerimos, os produtos utilizados em nossa pele e cabelos muitas vezes penetram em nosso corpo da mesma forma que os alimentos ingeridos.

Vamos conhecer as principais substâncias maléficas para o nosso organismo:

CONSERVANTES
São compostos químicos adicionados à formulação com a finalidade de protegê-las contra o crescimento microbiano. Importante e necessário o seu uso, desde que observada a concentração e poder de irritação ou alergenicidade.

PARABENOS
Os parabenos constituem uma classe homóloga de ésteres do ácido p-hidroxibenzoico que é utilizada na forma pura ou combinada para exercer efeito antimicrobiano, sendo particularmente útil contra fungos, leveduras e bolores. Em cosméticos, o metilparabeno e o propilparabeno são freqüentemente os mais utilizados.
Segue a relação de diferentes tipos químicos de parabenos: metilparabeno, p-hidroxibenzoato, etilparabeno, propilparabeno, ácido p-hidroxibenzóico e butilparabeno.
Um dos maiores problemas relacionados aos parabenos é a sua vasta utilização. Como são utilizados em uma grande variedade de produtos cosméticos, alimentos e medicamentos, estima-se que o consumo diário de parabenos possa atingir valores na ordem de 77,5 mg/dia. Os parabenos, principalmente o metilparabeno, podem ser absorvidos na pele, sendo essa absorção facilitada pela presença do etanol e mentol. Os parabenos exercem efeitos citotóxicos e há estudos de possíveis efeitos carcinogênico e mutagênico.
O metilparabeno também é capaz de ativar a fosfoesterase específica do cAMP, produzindo redução do cAMP cortical, podendo agravar as situações de dermatite atópica em que o catabolismo do cAMP está acima do normal, além de produzir alterações nas propriedades elétricas de células neuronais e também potencializar a resposta humoral a outro aditivo utilizado como antioxidante em cosméticos, o BHT.
A exposição crônica a parabenos gera eritema, edema e descamação, observado por meio de análises histológicas inflamação dérmica e hiperqueratose.
O uso de parabenos em cosméticos foi associado a numerosos casos de sensibilização, confirmados pela realização de testes de contato. Observa-se ainda uma tendência ao aumento da incidência de processos de sensibilização com o aumento da idade.
Portanto, podemos perceber a importante necessidade de não utilizar este tipo de substância em qualquer produto. Cabe a cada consumidor selecionar o seu cosmético que irá ser aplicado até várias vezes ao dia em sua pele.

FORMALDEÍDO E LIBERADORES DE FORMALDEÍDO 
O histórico alergênico do formaldeído é conhecido a longa data. Seu uso em cosméticos é regulamentado ou voluntariamente restrito em muitos países.
Muitos conservantes são liberadores de formaldeído através de sua decomposição, que é dependente da temperatura e do pH da formulação, e suas utilizações cada vez mais comuns são tidas como causa de novas sensibilizações.
Segue a relação química de substâncias na classe de formaldeído ou liberadores de formaldeído: 2-bromo-2-nitropropano-1,3-diol, 5-bromo-5-nitro-1,3-dioxano, diazolidinil uréia, DMDM hidantoína, formaldeído, formiato de sódio, glicerol formal, imidazolidinil uréia e quatérnio-15. Pois muitas vezes estes nomes químicos estão presentes nos rótulos e não conhecemos a sua classificação, função e efeitos.
Os liberadores de formaldeído podem atuar como agentes sensibilizantes por si só, independentemente da formação do formaldeído.
O conservante denominado bromopol é considerado liberador de formaldeído e além disso liberador de nitrosaminas que são carcinogênicas.
Casos de dermatite alérgica de contato a quatérnio-15 são bastante conhecidas. Desde 1982 esse composto foi adicionado a séries-padrão de agentes alergênicos, como a série do Grupo Britânico de Dermatite de Contato. Seu emprego, mesmo em cremes com formulações consideradas suaves e indicadas para utilização em pele eczematosa, leva à sensibilização e manifestação de dermatite alérgica, tendo sido relatada piora das condições desses indivíduos após o uso de formulação contendo esse conservante.
Testes in vitro mostram que o formaldeído pode provocar a formação de ligações cruzadas entre DNA e proteínas, quebras de fita simples de DNA, aberrações cromossômicas, troca de cromátides irmãs e mutações genéticas em seres humanos e ratos.
O formaldeído, inicialmente classificado como provável carcinogênico em decorrência de achados laboratoriais, foi classificado em 2004 pelo Iarc como um agente carcinogênico para o homem, uma vez que foram considerados evidentes os efeitos lesivos ao homem quando exposto a essa substância.
Espera-se que esse ingrediente seja banido dos cosméticos, a exemplo do que ocorreu com os produtos saneantes, pois, além da recomendação de não se empregar compostos classificados como carcinogênicos, o uso desse agente deve ser evitado dada à alta toxicidade.

O primeiro passo para a conscientização é entender a composição dos ingredientes que compõe os alimentos ou cosméticos que estamos consumindo. Temos que ler com cuidado a descrição de cada ingrediente e toda vez que comprarmos um shampoo, condicionador, creme hidratante ou qualquer outro produto cosmético, nos atentar aos rótulos para saber o que estamos comprando de fato.  


VAMOS TER ATITUDES QUE FAÇAM BEM PARA A NOSSA SAÚDE E PARA O MEIO AMBIENTE.


Referências:
1. Retiradas do site www.livealoe.com.br
K. Douthwaite, "Preservatives. Friend or Foe?: the Use of Preservatives in Cosmetics Products is a Sensitive Issue", em Global Cosmetic Industry, março de 2000, disponível em http: //www.findarticles.com/cf_0/m0HLW/3_166/60520588/print.jhtml.
HARRIS, MARIA INÊS NOGUEIRA DE CAMARGO, Pele: Estrutura, Propriedades e Envelhecimento. Agentes Tóxicos, alergênicos e irritantes em produtos cosméticos. 3 ed. Revista e ampliada. Editora SENAC/SP, 2009.
2. Retiradas de resportagens da internet.

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